Ele migrou seu olhar para o meu olhar. Profundamente e intensamente seu. Ele conseguia me transmitir sinceridade e segurança com apenas um olhar. E mesmo depois de tantos anos, eu ainda me sentia hipnotizada por ele. Depois de segundos, que pareciam uma eternidade, ele abriu um sorriso tímido e singelo. Eu retribui. E percebi que foi o suficiente para lhe dar mais confiança, como sempre foi. Nossos sorrisos eram combustível para nós. Estávamos ali, sem medo, sem receios e sem empecilhos. De um jeito meio desajeitado, mas ao mesmo tempo com todo o afeto do mundo, ele retirou do bolso, com as mãos um pouco suadas, uma caixinha de veludo e disse: "Você é a maior certeza que eu tenho, que eu quero. Você é quem eu quero ao meu lado pelo resto dos meus dias. Todos eles, todos! E eu sei que vamos passar por situações difíceis, que não vai ser nada fácil, mas eu quero superá-las contigo. Casa comigo?"
E com meu sorriso sorrindo eu disse: "Claro que caso!"