sexta-feira, 26 de março de 2010

Os sorrisos brilharão no céu

Impressionante como existem pessoas cruéis no mundo de hoje. Com certeza, sempre existiram pessoas cruéis, em todos os anos, meses, séculos. Mas cada vez me vejo mais surpreendida com a facilidade de homem de tirar a vida de outro. De acabar com os sonhos do próximo. De magoar e fazer sofrer milhares de pessoas. Mães. Pais. Irmãos. De como o homem consegue destruir o futuro de uma criança. Arrancar o sorriso, deixar lágrimas, dar a elas a escuridão.
Sabemos que, para nós, que ficamos aqui, chorando e nos lamentando pela vida delas é diferente. É doloroso. Mas, para as crianças que partem e deixam saudades, não. Choramos pela saudade e por mais que na concepção de alguns não exista céu, as crianças o criam. As crianças o fazem existir com sua pureza, sua alegria, seus abraços, seus sonhos. Comemoramos hoje pelos culpados receberem a devida sentença, mas nada, nada pagará a vida que tiraram do mundo, a vida que tiraram dos braços da mãe, da proteção do pai, dos cuidados da avó. NADA será justo o bastante para fazê-los pagar, porque o que queríamos na verdade era estar comemorando mais um ano de vida por elas completado.

( Dedicado à Isabella Nardoni. Voa anjo! )

quinta-feira, 25 de março de 2010

Duas de mim

Existem duas de mim.
Uma parte que clama e implora por carinho,
Por abraços apertados,
Beijos ardentes e afagos no cabelo.
E a outra, que só quer ir pra longe.
Longe demais para se esquecer o passado,
Não enxergar o presente
E não conseguir avistar o futuro.
Alto demais a ponto de passar dentre as nuvens.
E de lá, admirar as estrelas.
Frio demais ao ponto do coração,
Solitário, pessimista e abandonado,
Congelar junto dos sentimentos que o habitam.
Existem duas de mim.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Today

Hoje eu acordei pensando no seu beijo.
Aquele olhar,
Aquele amar e aquele desejo.
Aquele carinho que só você sabia me dar.
Hoje eu acordei sentindo o seu cheiro.
Aquele que ficou guardado no meu peito.
E dói, dói demais, por não sermos mais...
Por não sermos mais os mesmos.
Dói quando relembro que aquela inocência,
Aquele amor límpido,
Nunca poderá ser reconstruído.
Por que não somos mais..
Não somos mais os mesmos.
Dói descobrir que tudo foi espalhado
E levado com o vento, simples assim.
Que cada um seguiu o seu caminho.
E eu achei que se não olhasse para trás doeria menos,
Mas me arrependo profundamente
Por não tê-lo apreciado na despedida.
Por ter fechado meus olhos
Achando que a dor não me veria ali,
Congelada e turbulenta,
Medrosa e desprotegida.
Hoje eu acordei pensando no seu beijo
E na dor de não tê-lo mais junto de meus lábios.