terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Não há

Porque algumas vezes,
 Simplesmente,
Não há.
Não há resposta. 
Não há culpado.
Não há palavras.
Não há nada.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Se eu pudesse mudar

Se pudesse, eu mudaria.
Mudaria de nome, de endereço.
Mudaria meu caminhar,
meu modo de amar e meus adereços.
Mudaria meu gosto, meu jeito, meu beijo.
Se eu pudesse mudar,
Eu mudaria.

domingo, 24 de novembro de 2013

Por um instante

Me jogo. 
Me entrego.
Por um instante,
Tudo parece estar em meu alcance. 
Tudo que quero parece ser só meu.
Aos poucos
Deixo de medir atitudes.
Deixo de controlar minhas vontades.
Por um instante, 
Sinto que todas as palavras são minhas.
Por um instante,
Sinto que todos os beijos são só meus.



terça-feira, 8 de outubro de 2013

Choro

Se hoje choro
É porque não quero ver o dia,
Pois não há mais alegria
Desde que você partiu.
Está mais difícil que eu temia.
Sinto uma tremenda agonia
Por não te ter aqui.
Eu que não fiz você ficar,
Eu que te deixei pra lá
E agora estou aqui:
Desejando o seu voltar,
Aguardando o seu amar
E chorando o seu partir.


sábado, 5 de outubro de 2013

Ainda lembro

Lembro de chorar pelo rapaz
Que sentava no fundo da sala
E ia embora antes da aula terminar.
Lembro das minhas risadas,
Mesmo que as piadas fossem sem graça,
Só para conquistar o seu olhar.
O rapaz que dizia poucas palavras,
Mas que meu coração disparava
E eu não sabia dizer "não".
Lembro como era tola,
Que acreditava em qualquer "prometo"
E depois perdia o chão.

sábado, 28 de setembro de 2013

Mas eu preciso

Você pode não querer compartilhar a sua dor,
Mas eu posso querer compartilhar a minha.
Você pode não precisar de mim para superar sua dor,
Mas eu posso precisar de você para superar a minha.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Dispostos

Lá estava ele,
Acanhado,
Vulnerável,
Machucado.
Lá estava ela,
Desinibida,
Destemida,
Corajosa.
Sujeitos opostos,
Em momentos diferentes,
Mas que deram certo
Porque estavam dispostos a tentar.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Converter o seu adeus



Não há um dia que não me lembre
Da sua gargalhada,
Das suas ironias
E do seu mau humor ao despertar.
Não há um dia que não me lembre
Da sua cara de bravo, 
Do seu cabelo despenteado 
E da sua habilidade pra cozinhar.
Não há um dia que não me lembre 
Da despedida,
Da sua partida, 
Do dia em que perdi um pedaço de mim. 
Não há um dia que não queira 
Converter o seu “adeus”
Em eternos e diários “até logo”.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Cada dia menos

E cada vez mais, e cada dia menos, deixamos de dizer palavras de afeto e tudo se resume a apenas um "eu te amo", muitas vezes, só para não deixar de dizer nada. Deixamos de comprar aquele presente que "é a sua cara", porque presentear, sem ser em datas comemorativas, se torna uma forma de gastar dinheiro sem necessidade. Com o passar do tempo montar uma surpresa se torna algo cansativo e bobo, por mais simples que seja, por mais que antes "algo bobo" fosse considerado romântico. Depois de um tempo os meses de aniversário são esquecidos, e apenas o "um ano a mais" ainda é lembrado. Talvez, depois de um tempo, nem estes. Não há mais jantares, flores ou músicas. Com o passar do tempo parece que vamos nos esquecendo que é preciso cuidar, que é importante continuar cuidando.