Depois de dormir o dia inteiro para esquecer que estava sozinha em um hospital ela acordou.
Ao seu lado havia uma linda rosa amarela de perfume inigualável e com sua cor ouro.
Para ela, naquele momento, a intensidade de ter visto a rosa fazia com que o perfume por ela exalado fosse o mais agradável dos perfumes e para seus olhos a cor que ela possuía a tornasse quão ou mais brilhante do que o ouro. Para ela, naquele momento, avistar a rosa amarela ao seu lado foi a hora mais feliz de seu dia. Pois ao ver aquela linda e delicada flor ao seu lado ela teve a certeza de que ele retomara para os seus braços. Mesmo que... por pouco tempo.
Ao tê-la ao seu lado, ela soube, de imediato, que ele não a havia esquecido e que ainda se recordara de sua rosa preferida... a amarela. Cor do ouro, cor do sol e cor da antiga e aconchegante casa em que eles moravam.
É, ao despertar com a rosa ao seu lado, ela sorriu. Coisa que não havia feito desde que ele partira. E no momento em que ela direcionou seu olhar para a porta o avistou abrindo-a com um enorme buque cor de ouro. No mesmo instante ela sentiu que se fosse embora naquele momento, ela estaria satisfeita e que mesmo que seus dias de vida estivessem contados naquele hospital, ela não conseguia mais sentir dor, nem desespero e nem medo.. Pois ali estava ele, parado a olhando com o seu sorriso sincero estampado em sua face e seus olhos admiráveis a examinando com emoção. E o sentimento de alegria a domava gradualmente. A gigantesca alegria de vê-lo retornar, e ainda trazendo o buquê de rosas amarelas que havia lhe prometido antes de partir.
Somente isso que ela precisara para que seus últimos dias fossem tranquilos... o perfume de suas benditas rosas entrelaçado com o perfume do grande amor de sua vida.
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